O autêntico vampiro brasileiro
Autêntico folclore nordestino, é um homem sombrio de hábitos noturnos, usa roupas de couro preto (daí o nome) como um cangaceiro. Fede a sangue, ataca seres humanos e animais, morde-lhes em busca de alimento. Tem certa preferência por pessoas que não frequentam igrejas ou bebês não batizados. Para aplacar a ira do Encourado, os moradores das cidades por onde passa oferecem em sacrifício bandidos, pequenos animais ou até crianças. A oferenda deve ser colocada na porta da frente, por onde ele sempre tenta entrar. É fácil saber se um deles ronda sua cidade. As galinhas não põem ovos, os cachorros ficam o dia todo gemendo dentro de casa e os urubus passam horas a voar sobre o lugarejo. Só entra se convidado (como os colegas europeus), mas sempre dá um jeito de receber as boas graças do anfitrião. Cruzes, alho, luz do sol, água benta, estacas no coração - nada parece ferir o Encourado. Ele deve ser tolerado, nunca vencido.
Existe também o Cupendipe, embora considerá-lo vampiro possa parecer forçar a barra um pouco, pois não existem informações seguras que ele se alimenta de sangue. Lenda do Alto Tocantins, os cupendipes eram seres alados que dormiam de cabeça para baixo (como morcegos), deixavam as grutas onde moravam apenas à noite e usavam um machado em forma de meia lua para defender-se.
É hora de levantar o camisolão... ou como era o sexo no Brasil colonial
Prostíbulos e prostitutas (as "barrigãs") quase não havia. Em compensação, multiplicavam-se as casas de alcouce – tavernas ou estabelecimentos comerciais onde encontros furtivos eram encorajados, mediante pagamento para o dono do lugar. De adúlteras a mulheres empobrecidas que trocavam minutos de sexo por algumas patacas, todas se deitavam nas esteiras das casas de alcouce.
Sejam bem-vindos
Romance histórico e folclore brasileiro. Essa mistura funciona?
Bem-vindo ao blog do livro DANAÇÃO, um livro que vai transportar o leitor até a vila de Taubaté, em 1734, onde seus moradores enfrentavam uma ameaça implacável e desconhecida. Uma criatura que percorria as matas nas madrugadas de sexta-feira, deixando em seu caminho corpos queimados e levando colonos à guerra contra as aldeias próximas. Para os crentes, aquele pedaço de terra e suas três mil almas era uma nova Sodoma, condenada a ser devorada pelas chamas. É nesse pandemônio de fanatismo e fúria que chega a Taubaté Diogo Durão de Meneses. Um senhor de engenho consumido pela culpa, a quem a tão desejada morte era negada há anos, destinado a enfrentar um ser que seria imortalizado no imaginário de um povo...