O autêntico vampiro brasileiro

Antes que alguém venha com a piada infame do Bento Carneiro, o verdadeiro vampiro brasileiro é o Encourado. Nada de adolescentes pálidos e afetados ou aristocratas europeus com mangas bufantes. 

Autêntico folclore nordestino, é um homem sombrio de hábitos noturnos, usa roupas de couro preto (daí o nome) como um cangaceiro. Fede a sangue, ataca seres humanos e animais, morde-lhes em busca de alimento. Tem certa preferência por pessoas que não frequentam igrejas ou bebês não batizados. Para aplacar a ira do Encourado, os moradores das cidades por onde passa oferecem em sacrifício bandidos, pequenos animais ou até crianças. A oferenda deve ser colocada na porta da frente, por onde ele sempre tenta entrar. É fácil saber se um deles ronda sua cidade. As galinhas não põem ovos, os cachorros ficam o dia todo gemendo dentro de casa e os urubus passam horas a voar sobre o lugarejo. Só entra se convidado (como os colegas europeus), mas sempre dá um jeito de receber as boas graças do anfitrião. Cruzes, alho, luz do sol, água benta, estacas no coração - nada parece ferir o Encourado. Ele deve ser tolerado, nunca vencido.




Existe também o Cupendipe, embora considerá-lo vampiro possa parecer forçar a barra um pouco, pois não existem informações seguras que ele se alimenta de sangue. Lenda do Alto Tocantins, os cupendipes eram seres alados que dormiam de cabeça para baixo (como morcegos), deixavam as grutas onde moravam apenas à noite e usavam um machado em forma de meia lua para defender-se.




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